Pular navegação

Monthly Archives: abril 2010

Alphaville é uma película de Jean-Luc Godard. Considerado um clássico. O filme conta a história de um agente secreto enviado á cidade futurística de Alphaville onde os sentimentos foram abolidos e as pessoas são quase robôs. Nesse mundo sem cor (não só porque o filme é em P&B XD) Lemmy Caution enfrentará uma sociedade que não pode sentir nenhum tipo de emoção, onde tudo é feito com base em cálculos de probabilidade e controlado pelo computador Alpha 60. Sua missão é levar o professor von Braun, inventor do computador, de volta ao exterior.

O filme possui um clima noir, em preto & branco e alto contraste, também um toque distópico, onde uma cidade é dominada por uma tecnologia que deveria beneficiar o ser humano, e não o escravizar-lo o que ainda inclui-o no gênero ficção cientifica.

As influencias vem desde Metrópolis, e o expressionismo alemão, ao livro Admirável Mundo Novo, onde as pessoas perdem suas identidades, sendo controladas por algum sistema de classificação/alienação de seres humanos. Na cidade de Alphaville, quem sentir algum tipo de emoção é preso e executado, é algo intolerável. Tudo é controlado por probabilidades e estatísticas pelo computador Alpha 60, que também domina gestos, pensamentos e sentimentos dos habitantes.

Quando terminei de assistir me senti perdido, tanto pelo filme ser um pouco complexo como por não estar acostumado com filmes nesse clima. Foi então que não consegui digerir direito o que eu tinha visto, mas quanto à premissa principal, que é algo simples de entender, vi como esse é um filme super inteligente e importante. Não sou conhecedor de filmes, muito menos critico, só estou mostrando meu ponto de vista e minhas conclusões.

Assim como o filme foi influenciado, também influenciou. Arrisco-me a dizer que 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968) tenha sido um desses. No filme de Kubrick, um robô, HAL 9000, controla tudo na nave Discovery, e possui uma voz marcante, característica, como Alpha 60. A tripulação parece não possuir nenhuma emoção aparente, assim como as pessoas de Alphaville.

É um filme sublime, que mostra como as pessoas podem se perder se tiverem seus sentimentos reprimidos, pois o que nos faz humanos são eles, são nossa força interior, se não nos expressarmos, seremos como robôs. Não pode deixar de ser visto por nenhum cinéfilo, mesmo que “novato”, nem por qualquer pessoa alias, pois traz uma mensagem importante e você ainda pode ter a chance de compreender como os filmes de antigamente eram mais focados na narrativa, pois os efeitos especiais eram escassos. Hoje os filmes são vagos, tem um começo-meio-fim que parece seguir a mesma lógica, a mesma história, e ainda se perdem nos efeitos especiais.

Ficha Técnica:

Título original: Alphaville, une Étrange Aventure de Lemmy Caution
Gêneros: Ficção Científica
Tempo: 99min
Ano: 1965
Direção: Jean-Luc Godard
Roteiro: Jean-Luc Godard e Paul Éluard
Elenco:
Eddie Constantine (Lemmy Caution)
Anna Karina (Natacha Von Braun)
Akim Tamiroff (Henri Dickson)